O caminho

(... " Ela se julgava rica de uma flor sem igual mas depois percebeu que em um só jardim, havia milhares de flores iguais à que possuia. " )

Desde cedo seu mundo fora diferente dos outros. As fantasias de infância existiram mas em sua grande parte foram sufocadas pela presença constante da realidade.

Soube o que significa amar e não ser amada e as consequências que isto pode trazer se não for encarado de maneira racional. Racional? Talvez nem todo mundo tenha este dom. Deixou então que as emoções a dominassem porém sem lágrimas, estas poderiam ser consideradas sinal de fraqueza e só tinham a oportunidade de extravasar entre quatro paredes onde aparentemente ninguém poderia notar.

Sem dúvidas uma pessoa que tem dificuldades em expressar o que sente, mas como poderia ser o contrário? Todas as vezes que ousou tal façanha se arrependeu amargamente pagando preços altos - talvez altos até demais.

Baixa auto-estima ? Fácil falar. Para ela é extremamente complicado pensar em si antes de tudo e ter a certeza de que é alguém único e insubstituível no mundo se as atitudes alheias mostram coisas totalmente diferentes. Se assim fosse, todas as vezes que deixou escapar seus verdadeiros sentimentos não causasse uma certa repulsa e como já aconteceu, exclusão.

Já falaram que quem perde são os que abriram mão de sua presença permitindo que o lugar antes ocupado por ela seja usado por outro alguém ou até mesmo por ninguém, mas vá ver se ela acredita nisso. Na sua cabeça tudo não passa de frases feitas de auto-ajuda que infelizmente não fazem o efeito que deveriam fazer.

Os remendos existentes no que chamam de coração ajudam e muito mais do que o esperado. São os sinais vivos de experiências não muito agradáveis vividas e superadas. Ela sabe que disto não irá morrer e o que suas pegadas já se encontram no caminho que deve seguir para passar por tudo e assim, o tudo fica muito mais prático.

O que ainda não sabe é o que a leva ter que passar várias vezes por um mesmo lugar, é como estar ganhando em um jogo e no último lançamento de dados perder tudo e voltar para a casa inicial do tabuleiro. No entanto, cansada de esperar justificativas assim o fez e continuará fazendo, tenho certeza.

Dói? Deve doer sim e sinceramente não acredito que com o tempo venha a adaptação. Pelo o que sei, a dor torna-se cada vez mais insuportável mas depois que passa,o que surge aquilo que é conhecido como amadurecimento.

Freud explica? Sem dúvidas. Mas enquanto ela não o encontra, suas perguntas continuarão sem respostas.

3 comentários:

    Este comentário foi removido pelo autor.

     

    É o fardo da realidade.
    Muito embora, à nossa volta exista pessoas que não privam em nos olhar de maneira Torpe. As mãos calejadas de um trabalhador sofrem tanto quanto um afã mal-recebido.

    É difícil falar ou interpor a vontade por uma simples frase ou gesto. Afinal, só sabe quem passa. O amadurecimento é a demonstração fidedigna da superação mediante quaisquer problemas que possam advir, é a resposta para uma dor suprimida ou não que encontra em nós mesmos a resiliência.

    Pessoas são diferentes, natural que todos vejam a vida de maneira diferente, o que não se pode deixar de ver é a própria grandeza. São as pequenas coisas que moldam o carater a percepção de ser do homem, quando este encontra a felicidade só pelo simples fato de ser quem ou o que é... nada o atinge. (difícil trilhar o caminho, mas não impossível).

    Freud não explica, Freud complica!!

     

    Caaaaaaaaake..

    Gostei e nao gostei do texto..hihihi

    depois explico melhor=)

     

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