Lobo em pele de cordeiro

Passei o dia na casa de uma grande amiga ontem. Foi muito interessante pela boa conversa mas também pelas descobertas. Ela me deu de presente de aniversário o meu mapa astral natal ou seja, a minha identidade explicada pelas posições dos planetas ao meu redor no momento do meu nascimento. Ainda estou lendo e analisando o resultado mas já adianto que muita coisa está sendo esclarecida e explicada. Quando terminar de estudar este documento faço um post a respeito.

O tema de hoje também está relacionado a uma descoberta de ontem mas em outro departamento: ela também leu o tarot para mim e o resultado, apesar de ter sido previsível e alguns positivos, me deixou pensativa.

O meu jogo em particular teve mais uma vez como mensagem base o "equilíbrio" e/ou a busca pelo mesmo. Estou em uma fase de limpeza espiritual e indo em busca da plenitude resultante deste desintoxicação. No meio da luta contra meus pensamentos e minha racionalidade para conseguir deixar o "louco" que está dentro do meu irracional siga seu caminho livremente em busca de novas experiências. Confesso que não aguento mais essa história de "em busca do equilíbrio" .. Ah velho, eu não quero mais ficar nesse mosteiro das almas em busca da paz de Buda. É bom? Lógico! Mas o que eu quero mesmo é que no meu jogo saia logo o Cavaleiro de Copas em seu cavalo branco no meu futuro próximo.

Epa, peraí! Esse apareceu! Mas em outro jogo. Pedi que ela olhasse a forma como o cidadão que escureceu o meu passado me via. O cavaleiro de copas saiu mas pessimamente acompanhado pelo Diabo:




Sairam mais cartas. Lembro do "as de copas" e da "temperança", ou seja: início de relacionamento que traz equilíbrio, estabilidade (o que é o presente dele atualmente) e por estar muito impressionada com estas imagens, não lembro das outras duas que saíram.

O Diabo traz idéia de luxúria, falsidade e segundas intenções. Quando acompanhado do caveleiro de copas, só é explicado como: lobo na pele de cordeiro. Ou seja, altamente mal intencionado em relação à minha pessoa. Se tiver a chance, vai atacar outra vez mas com o único objetivo de me fuder (litreralmente e não literalmente). 

Não poderia esperar outra coisa de uma pessoa como ele. Alguém tão fraco de personalidade, perdido completamente dentro dele mesmo e que não tem a capacidade física e moral de se relacionar com alguém como eu: além de ter Vênus na oitava casa em Escorpião e a Lua em Aquário, sou altamente profunda e o fazia conviver com sua verdadeira face e realidade. 

Ele não tinha força suficiente para encarar o espelho de si mesmo e preferiu se comportar como o perfeito covarde que é: fugiu.

O preço da idiotice

Esta noite não foi boa para mim. Fui pra cama tarde, tive insônia e o pouco que consegui dormir me rendeu sonhos do tipo que mesmo depois que acorda você não esquece e que te faz chorar dentro do sonho e é algo tão forte e significativo que você sente que também está chorando na vida carnal enquanto dorme. Infelizmente tive umas epifanias a respeito do que me aconteceu nos últimos tempos e me surpreendi com uma conclusão meio óbvia: estou tentando enganar a quem além de mim mesma?

Ontem recebi um email de minha mãe bem desprentencioso mas com uma mensagem que ficou na minha cabeça: era uma questão sobre intervalos de tempo e seus significados. No texto apareciam perguntas do tipo: "Quer saber o valor de 1 ano? Pergunte a alguém que perdeu uma prova anual". Ou melhor: pergunte a mim. Eu sei o gosto que tem 1 ano, 12 meses, 365 dias .... o pior de tudo não é saber o valor que isto tem, é além disso, carregar as mágoas e conviver com as cicatrizes que deixaram em mim.

Acordei triste e plenamente consciente de que estou tentando me enganar acima de tudo quando digo que já superei e que estou bem. Mentira! Bullshit! Ainda me dói.. tudo me dói! A consciência de que foi um ano de enrolação, um ano de ilusão, um ano sendo alertada pelos amigos que estava sendo feita de idiota mas o coração não acreditava no que os olhos viam. Quando penso que me desgastei e que permiti que fosse enganada por um ano: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março. (mais que um ano. Perdurei até 26 de março para tomar a atitude que deveria ter tomado na segunda semana do primeiro mês deste martírio)

Sinto-me uma perfeita burra com pitadas de idiota. Por mais que meus amigos e meus familiares tentassem me alertar, eu me deixava enganar pelos poucos momentos de consideração que ele me dava. Pelas poucas demonstrações de afeto, carinho e consideração. Cada vez que tentava me afastar e ele vinha por conta própria fazendo questão da minha companhia, era mais uma chama da ilusão que se acendia e mais uma prorrogação no tempo que cada vez mais me enlouquecia.

Hoje vejo que a história do "Eu sou assim mesmo. Sou devagar e demoro para assumir relacionamentos" era mais uma forma de me tratar com o mais alto teor de mentira e enrolação. Não confio nos homens mas nele eu acreditava. Maldito sentimento! Foi capaz de assumir um compromisso com uma garota que conheceu em um show de boate e não demorou 1 mês para tomar sua tão difícil decisão. Foi tão fácil carregar a bonequinha dele para momentos com os amigos em pouquissimo tempo de convívio. Algo que nunca acontecia comigo. Era como se houvesse um receio e nem quero pensar em algo pior como vergonha em aparecer comigo nos lugares. "Ela é bonita e gente boa! Vou namorar!". Então eram esses os pré-requesitos, não é mesmo? Pouco adiantou meu esforço em tentar ser uma companheira, amiga, ajudar nas horas de aperto, dar apoio e ter sempre uma boa conversa.... pouco importa. Além de tudo feia e antipática, já que não passei no teste de qualidade.

Eu tento me enganar todo dia quando digo que estou bem. Não posso estar bem, ninguém poderia estar bem na minha situação. Minha mãe pede quase sempre para que eu esqueça. Minhas amigas fazem o mesmo como se fosse fácil controlar a mente e pior ainda o coração. E para completar, não consigo arrumar ninguém para ocupar o vazio que ele deixou.

Definitivamente estou pagando pela minha burrice. Só não sabia que ia pagar tão caro.



O fim e o começo

Quinta-feira completo 25 anos e este fato me faz recordar como foi este ciclo que se encerra. Ano passado nem sonhava que passaria pelas coisas que passei até aqui.

Lembro do meu aniversário passado: em um restaurante com alguns amigos (que poucos são os que continuam sendo atualmente - graças a DEUS) e esperando ligações de pessoas que nem se lembravam da data. Sentava-se ao meu lado uma criatura a quem eu me referia como melhor amiga e mal sabia eu que dois ou três meses depois ela seria a minha maior decepção, a causadora da maior traição de todos os tempos, a rasteira mais cruel e o empurrão quase que necessário para me derrubar no abismo da loucura. Hoje, superado tudo o que me aconteceu, fico até agradecida a esta cidadã por ter me ensinado o preço da sinceridade depositada a pessoas que não valem a pena e o valor que atualmente dou para a desconfiança alheia e a alta seletividade para amigas-confidentes. Paguei caro por ter confiado minha vida a uma pessoa totalmente problemática, falsa, manipuladora e dissimulada. Sentia prazer quase que extraordinário em me mostrar que conseguira coisas medíocres como algo que lutei por um ano e meio sem sucesso: a confiança e amizade de alguém que antes, um mero conhecido e agora, amigos de infância. (Sim, sim, já fiz questão por coisas do tipo).

O engraçado é que ainda tive que ouvir acusações de falsidades e segundos interesses. Hilário! A pessoa que fez da minha situação uma novela justamente praqueles que não deveriam participar, vem querer convencer que eu fui a sem noção da história. Ela só esqueceu de um mero detalhe: a consciência tranquila e as noites de sonos bem dormidas são minhas.

Mas os méritos pelo ano maravilhoso que tive não são apenas desse anjo de pessoa. O amigo dela fez presença e como fez. Não vou chover no molhado e repetir que ele foi um sacana, insensível, egoísta, idiota, infantil, imaturo e problemático, até porque o peso da culpa ainda me dói na consciência. Toda vez que me lembro das inúmeras chances e motivos que tive para mandar o figura para a puta que o pariu e ao invés disso, eu fui mais idiota e "deixei estar" - como ele mesmo me pediu certa vez. Ainda perco noite pensando no tempo que perdi e me sinto agoniada por não poder ter a chance de acordar e dizer a mim mesma que tudo aquilo não aconteceu e que passou por nada menos que um pesadelo.

Para minha felicidade, este ciclo 2009-2010 não foi só de depressões, desilusões e traições. Aconteceram coisas boas também, acredita?! Pois acredite. Boas surpresas, novas amizades, novos ares, nova pessoa. Hoje me sinto muito mais madura até porque comecei a me relacionar com pessoas mais racionais e menos medíocres e que por sua vez me fizeram crescer ainda mais. A terapia ajudou muito principalmente quando me fez ver que minha cabeça é tão boa que consigo superar perfeitamente tudo o que me aconteceu e ter uma capacidade de sanidade cada vez mais bem elaborada. Fico feliz por isso, mesmo!

Gosto de problemas, de tormentas na vida. Faz parte da minha personalidade me entregar ao extremo em qualquer tipo de situação, inclusive na dor. Quando sofro, sofro de verdade e no fim da fase negra, me sinto bem melhor e muito mais fortalecida.

Que venham as próximas tempestades! Mas devo confessar que desta vez estou muito mais otimista e menos idiota (assim espero).

Parabéns para mim .. em todos os sentidos ... :)

é, Freud .... !

Dia de festinha infantil familiar.. uma programação que tinha tudo para ser algo chato e/ou sem nenhum tipo de emoção mas confesso que me surpreendi.
Como o de costume me arrumei por gostar de me ver com um visual agradável no espelho, botei roupa nova para tentar sentir algum tipo de renovação interior começando pelo exterior e fui. Chegando la, toda família reunida. Os casos são sempre os mesmos: um primo que naturalmente é o responsável pelas piadas e tirações de onda, uma prima casada e mãe de um ou dois filhos, outra acompanhada do namorado que está ao lado dela ha uns 500 anos, a outra está sozinha mas pelo simples fato do namorado não ter tido uma folga no trabalho para comparecer pessoalmente - já que o telefone dela não pára de tocar e por fim, a prima solteirona (e nisso leia-se: EU). E eu nem preciso falar da tia que nunca se esquece da sua pergunta trági-cômica: "- E o namorado?" e como se não bastasse a tortura psicológica, sempre tem alguém que complementa: "- Mas você, viu?? Fraca demais!"
É, minha gente ... sou fraca demais .. ao extremo do absurdo. Aturar o que eu aturo diariamente, viver com essa maldita nuvem negra da solidão me perseguindo, ver que sou incapaz de vivenciar situações fúteis e banais e mesmo assim, aparentar ser uma pessoa normal sem endoidar é realmente só pra quem for muito do fraco mesmo!
Vez ou outra eu olhava pros lados na esperança de ter algum cara interessante mas parecia mais uma reunião de casais felizes do que aniversário de criança... puta que pariu, a única solteira na festa com mais de 24 anos sou eu? é isso mesmo?! Pior que era.
Sinto uma pressão interna por não estar bombando na night neste exato momento, num show over de gente over e música mais over ainda. Mas é aonde a cidade toda está agora e eu em casa lançando mão de mostrar minha cara num local como esse. Quando penso dessa forma, no que eu iria lucrar indo pruma programação que eu odeio somente por estar na rua, automaticamente a pressão procura um escape e volto ao meu estado normal de sanidade mental.
Já estou tão habituada a ficar só que nem me vejo mais em um relacionamento. É como se todo mundo no planeta tivesse condições de ter ao lado alguem apaixonado, menos eu! Sinceramente não consigo mais imaginar a cena do cara me olhando e falando que me ama! Sabem o que é isso?! Simplesmente não consigo sentir que viverei isso um dia. A única imagem que me vem é da solteirisse cada vez mais intensa já que mesmo encontrando um cara ali ou acolá, continuarei sozinha já que será mais um filho da puta que vai me fazer de idiota e me usar até tirar a última gota de sentimento (de minha parte, é claro).
Minha terapeuta vem me ajudando a descobrir o que me atrai tanto nos canalhas. É como se eu me sentisse à vontade em um território que mais abomino ou seja, quanto mais fujo dos safados mais me aproximo inconscientemente deles por estar habituada a este tipo de comportamento como se fosse o normal e quando o realmente normal me aparece, aí sim eu fujo e coloco logo mil e um obstáculos! Parece que sinto prazer no sofrimento.. Freud já dizia: "é o gozo pela dor" e é bem isso mesmo. Eu me dedico ao extremo em tentar cativar uma pessoa que está literalmente se cagando para a minha existência, alguém totalmente irresponsável em relação a mim e ao que sinto por ele. E quanto mais eu sofrer, mais estarei envolvida nesta situação perdendo meu tempo que poderia estar sendo destinado a alguém que realmente gostasse de mim e facilitasse a minha vida e não a transformasse num inferno.
Em resumo é o seguinte: nasci pra me fuder mesmo ... (pelo menos nas épocas de dor eu perco peso. É a única coisa que me acontece de bom: fico em forma rapidinho!)

Precisa-se

Preciso falar a respeito de algo que me perturba e pelo andar da carruagem, continuará perturbando por um certo tempo: a solteirisse aguda e interminável.


Vivo à procura do cara ideal, do número certo, do parceiro(no mais legítimo significado da palavra) mas só me aparecem seres inqualificáveis e dotados do mais puro e intolerante egoísmo. "qualidades" estas que acabam me tornando apenas um objeto que tem lugar certo na estante para quando pintar a vontade de usar. Por que fiquei nesta posição? Por carência. Nada a mais. Ficava tanto tempo sozinha, querendo ter alguém que acabava relevando algumas atitudes idiotas, achando que depois seria diferente. Típico caso da menina idiota que parece adorar ser feita de idiota.


Alguém me disse uma vez que não tem pena das mulheres deste tipo; que merecem mesmo sofrer nas mãos de um homem, que não se amam o suficiente para serem amadas em troca, garotas que não são dignas nem de piedade já que permitem que isto aconteça com elas. Não discordo mas também acredito que seja uma visão de uma pessoa que nunca sofreu por amor ou pela ausência dele.


Aliás ... o que vem a ser o amor!? Nem isso eu sei, nunca amei e nunca fui amada - até agora. Já me apaixonei várias vezes mas não considero amor pela falta de reciprocidade e para mim, este sentimento só está definitivamente estabelecido quando há uma simbiose de sensações, uma troca, um compartilhamento de afeto, carinho, atração, cumplicidade, etc e tal. E como nunca tive a oportunidade de viver isso, digo que não sei o que é.


Sinto muita falta.. extrema falta de ter um namorado mas não apenas para mudar meu status em redes sociais e nem para dizer que finalmente aconteceu. Quero ter uma pessoa ao meu lado que me faça sentir, sem precisar dizer nada, que me deseja, que me quer, que gosta de mim e que sou exatamente a pessoa que o completa. Anseio conviver com alguém quem me irrite, me faça coisas que não gosto só para me pirraçar e que no final de uma discussão, me surpreenda e cale a minha boca no meu ponto mais alto de irritabilidade com um beijo daqueles que tira o fôlego. Não quero pieguismo nem romance de folhetim. Quero altos e baixos, quero alguém que me contrabalanceie, que não leve a sério minhas crises de tpm, que goste de me ouvir e tenha interesse nos meus assuntos, que me faça rir e que não tenha medo e nem se sinta incapaz de assumir que me ama!


Tudo o que mais desejo é encontrar um tipo que além de tudo isto, seja capaz de me conquistar e consequentemente, por quem eu me sinta também atraída e possa enfim compartilhar tudo isto com ele.


Eu poderia dizer que é pedir demais mas não é não. Sou o que para me contentar com qualquer coisa?! Só porque o que mais quero é encontrar alguém tenho que aceitar o que me aparece!? aonde está o meu valor para ser jogado desse jeito?! Desculpem mas sou sim exigente e podem falar que este é o motivo de estar sozinha. Talvez seja mas antes assim do que uma submissa e subserviente que aceita tudo o que lhe é oferecido fingindo estar satisfeita só pelo fato de ter mudado de status.


Não é questão de superficialidade e sim de bom gosto!

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